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sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Tomara que não se concretize, mas, parece que a LE BRUT vai sair de Jequié! E PETYAN também quer entrar no bolo da debandada.
A questão é séria e extremamente grave. A fábrica de roupas Le Brut (antiga Ínjer), está concluindo entendimentos com a Prefeitura de Poções, com o objetivo de transferir as suas instalações para aquela cidade. A Le Brut é uma das únicas empresas remanescentes do extinto polo industrial de roupas de Jequié, que a partir do final dos anos 1960, fez grande sucesso na Bahia e em determinadas regiões do Brasil. Aqui já tivemos a pioneira Esmerc, posteriormente a Estrela, Sacy Pererê, Bremer, Viheli e outras de menor porte que na sua totalidade não conseguiram suportar as oscilações do mercado, a sobrecarga de impostos e outras dificuldades. A Le Brut vem resistindo ao longo de três décadas, pelo fato de sua produção ser diretamente destinada a rede de lojas de sua propriedade, instaladas nos principais shoppings centers de Salvador e de outras cidades. A empresa emprega diretamente mais de 400 pessoas. Segundo informações chegadas a este blog, seria fator determinante da transferência, os incentivos oferecidos pela Prefeitura de Poções, principal deles a disponibilidade de estrutura física, com capacidade para ampliação do setor de fabricação das peças. O prédio onde a empresa funciona em Jequié, entre as ruas Riachuelo e Mota Coelho, não oferece opção de ampliação e de aumento do número de pessoal. A direção teria procurado apoio em Jequié, que possibilitasse a ampliação mas, até o momento não obteve resposta favorável. Um detalhe, a cidade de Poções aumenta a distância rodoviária para Salvador, consequentemente, também aumenta o custo do transporte das mercadorias.
Como se não bastasse a questão da transferência da Le Brut para Poções, o empresário Yan Almeida, da indústria de produtos alimentícios Petyan, teria procurado o prefeito Luiz Amaral, dando-lhe conhecimento de que o governo de Sergipe e a prefeitura de Aracuju, teriam disponibilizado apoio total para que essa empresa se transferisse para aquele estado. O assunto vem sendo analisado pela diretoria do grupo, que alega não receber o mesmo nível de incentivo no estado da Bahia.
As indústrias são unânimes em reclamar dos programas do governo do estado, de atração de empresas de outros estados, que queiram se instalar na Bahia. Eles alegam que as empresas que vem de fora tem todo o apoio que necessitam, enquanto que, para as empresas que tem origem e funcionam no próprio estado o tratamento é diferente e o apoio bem menos significativo.
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