Atendendo
recomendação do Ministério Público, a prefeitura de Jequié iniciou a
publicação das primeiras exonerações de dirigentes de escolas
municipais. Essas pessoas foram nomeadas sem que fosse levada em
consideração a qualificação mínima estabelecida pela Lei 9.394/96,
conforme justifica a APLB/Sindicato, que provocou o Ministério Público
para garantir a nomeação somente de efetivos. Até o momento foram
publicados no Diário Oficial do Município vários decretos com demissões.
Outras publicações devem ocorrer nos próximos dias. O entendimento é
que significa um retrocesso a nomeação de pessoas fora do quadro para
exercer a função de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógico nas
escolas municipais. Infelizmente, a administração Tânia Brito e Sérgio
da Gameleira preferiu ignorar tudo. Pelo visto não ouviu os apelos da
própria APLB nem os alertas feitos por vários políticos e outras pessoas
que defendem a nomeação de efetivos, tal qual ocorreu no governo de
Luiz Amaral, quando os professores tiveram essa importante conquista.
Inclusive, vale ressaltar, o ideal seria a realização de eleições
diretas. O caminho que temos a percorrer é esse.
É
preciso entender que esse vai e vem de nomeações e exonerações provocam
estragos na imagem da administração municipal. O desgaste este que
tende aumentar por conta dos prejuízos que esse puxa-encolhe causa a
educação. Imagine você, início de uma gestão, momento de traçar planos e
metas, vem a prefeitura e coloca uma pessoa para dirigir a escola sem
respeitar a legislação vigente e, meses depois, tem de nomear outra
pessoa para o mesmo cargo em razão de uma decisão equivocada. O que mais
chama a atenção é que a prefeita foi alertada para o erro que estava
cometendo. Mas preferiu escutar as pessoas erradas. Para piorar a
situação do governo, a campanha eleitoral foi feita baseada na promessa
de se fazer diferente. O discurso era que de janeiro para cá tudo seria
diferente. Contudo, o início da administração é marcado por antigos
erros como esse, de leiloar cargos entre políticos aliados. Resultado:
todos (quem nomeou e quem indicou) estão com a imagem arranhada e a
população sofrendo mais esse prejuízo. Portanto, essa troca que vem
sendo feita agora, por força de uma intervenção do Ministério Público
vai para a conta daqueles que acham que tudo pode quando chegam ao
poder. É preciso repensar essa administração que tem cometido um erro
atrás do outro, erro que, inclusive, estão acarretando grande prejuízos a
população. (Souza Andrade).
Texto do Jornalista Souza Andrade