segunda-feira, 29 de abril de 2013

A recepção ao ministro César Borges e os desafios dos políticos de Jequié



Ministro César Borges em Jequié sendo entrevistado. Foto: José Lourenço
Ministro César Borges em Jequié sendo entrevistado. Foto: José Lourenço
Em Jequié, a história sempre se repete. As pessoas que detêm alto poder, através de eleição ou cargos de indicação política, saem do esquecimento, deixar de ser rejeitadas e se transformam em por star, são tratadas como estrelas, celebridades, e não como um representante do povo que devem trabalhar e prestar contas de suas ações.
“Celebridades”
Como na época do governador ACM e também de Jaques Wagner, a chegada das “celebridades” à Cidade Sol, como aconteceu ontem – sexta-feira 26 - com ministro César Borges, se transforma numa festa, numa comemoração, e motivo para aparições nas mídias, reuniões e cerimonial, sem a apresentação de medidas concretas que possam atender as reivindicações históricas da cidade. Sem contentam com as palavras, as intenções e desculpas do dirigente de plantão.
Em xeque
No caso do ex-senador César Borges, agora Ministro dos Transportes, há toda uma conjuntura favorável para que ele possa atender a algumas demandas reclamadas por Jequié, apesar de deter um cargo de dimensão nacional, por merecimento, experiência técnica e política. Da presidente ao governador Wagner, o partido de César, o PR, é um aliado político. Até em Jequié as barreiras estão sendo quebradas, pois a prefeita do PP, Tânia Britto, eleita com o apoio do deputado federal Roberto Britto (PP), desafeto político dos Borges, ofereceu com pompa oficial um jantar para César no restaurante Marlene Marinho ontem à noite. Então, tudo favorece ao trabalho do ex-senador. Não há empecilho para que ele e seus aliados do passado e de plantão possam mostrar serviço. Na verdade, para Jequié, a ascensão de César ao cargo de ministro está colocando em xeque todo o segmento político da cidade.
Intenções
Segundo o blog Jequié e Região, na reunião de ontem, no Itajubá Hotel, o ministro César Borges disse que vem mantendo contato com a empresa responsável para acelerar as obras compreendendo o Rio Paraguaçu e Feira de Santana e iniciar logo a duplicação de outros trechos. Cita outras ações, “a construção de dois viadutos no Trevo do Poliduto”, apesar da perda do recurso anterior. “Em relação ao atraso das obras da Fiol ele apontou obstáculos do ponto de vista da engenharia, dificuldades colocadas pelo Tribunal de Contas da União e também exigências ambientais. Um dos pontos altos do pronunciamento do ministro César Borges foi quando falou do seu interesse de implantar, em Jequié uma Plataforma de Embarque e Desembarque, uma das principais reivindicações da população em relação a construção da ferrovia”, escreve o editor do blog, Souza Andrade.
Recepções futuras
Vê-se, portanto, nessas palavras do ministro, que as coisas ainda estão no plano das intenções, da vontade, do interesse em fazer, mas o que vai ser feito ainda não se sabe. Como já está havendo, mesmo que lentamente, um amadurecimento políticos das pessoas, muitas vezes cansadas de muita decepção, é importante que os detentores de cargos públicos comecem a corresponder às expectativas do povo para não enfrentarem protestos em recepções futuras.

Colaboração: Blog Gicult (www.gicult.com.br)

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